Em 1997, no colégio CEI, hoje chamado república, iniciava-se um trabalho evangélico com os estudantes. O projeto era formado por um grupo de alunos que tinham o ardor de divulgar a palavra de Deus a todo colégio e a vontade de ganhar almas para Cristo.
Lembro-me de quando a Cristiane com outros colegas convocava todos de sala em sala para o primeiro grande encontro. Eu, prontamente, dispus-me a estar lá, pois já havia sentido o desejo de iniciar um trabalho naquele lugar. Foi assim o nosso primeiro culto, mais de 60 pessoas reuniram-se ao lado da quadra dentro do colégio para cultuar. Foi incrível, um sonho acabara de realizar-se, o grupo evangélico estava se formando. A partir daquele instante começamos as reuniões que eram realizadas no intervalo da manhã e do almoço. Violão na mão e a Bíblia, estes eram nossos instrumentos, às vezes um cavaquinho aparecia para compor a banda. No princípio não tínhamos um nome, alguém então, que não lembro agora, deu uma ótima idéia, PRC – Projeto Resgate do CEI. Ninguém foi tão criativo e o nome ficou, PRC.
Nossos primeiros cultos eram realizados perto da quadra, mas logo transferimos para mais perto das árvores. Como os alunos e alunas de enfermagem estavam de branco e davam sempre as mãos para orar, envolvendo a árvore, alguns que estavam mal informados começaram a chamar o grupo de “seita da árvore”, engraçado não é? Mas tivemos que mudar de novo o local de culto para não aparentar ser uma seita. Na hora do almoço, fazíamos os cultos fora do portão de entrada do segmento principal. Era a reunião mais freqüentada, inclusive, era enriquecida com novos instrumentos como sax e trompete. Muita gente nova participava, inclusive professores de outros segmentos. Todos participavam com alegria, era um grupo interdenominacional, não levantávamos a bandeira de igreja nenhuma, somente a bandeira de Cristo.Eram batistas, bléianos, presbiterianos e outros reunidos. Nosso alvo era anunciar a libertação e a salvação de Jesus aos alunos, professores, diretores e aos outros empregados. Muitos renderam-se aos pés de Cristo e tornaram-se referências no projeto evangélico do colégio.
Passamos por dificuldades diversas, às vezes surgiam ordens para não ceder a entrada de instrumentos na escola, tínhamos problemas para o local de culto e às vezes dificuldades com as alguns irmãos que queriam estabelecer doutrinas de suas denominações no projeto.
Após um ano de trabalho e muita luta, conseguimos ultrapassar obstáculos, conquistamos com a ajuda de Deus um espaço no jornal da escola e um programa na rádio. No comando o locutor Enoc Gomes, nosso vice-líder na época. Assim, toda a escola ouvia durante alguns minutos da quarta-feira a palavra de Deus. O grupo crescia, além da pregação aos que precisavam de Jesus, alunos crentes tinham oportunidade de desenvolver seus dons e talentos no projeto, pregavam, tocavam e evangelizavam. Dessa maneira todos trabalhavam em prol do reino de Deus.
A fama do projeto espalhou-se a ponto de sermos convidados para participarmos de momentos com outros estudantes de outras instituições, inclusive universitários. O grupo era muito unido, saíamos para cultos e outros momentos juntos, pois zelávamos pela comunhão também. Até hoje, muitos que participaram naquele contexto ainda têm contato com outros irmãos da época. Muitos que outrora estiveram naquele projeto, hoje são usados por Deus exercendo lideranças ou manifestando seus dons e talentos em suas igrejas e comunidades.
Louvo a DEUS porque depois de 11 anos este grupo continua firme no propósito de anunciar a palavra de Deus a esta escola.
Certamente Deus usou, usa e usará a muitos como instrumentos na manutenção deste lindo projeto de missões que nasceu diretamente no coração de Deus.
Louvo a Deus pelos 11 anos do Projeto Vida.
Louvado seja Deus!
Esse é o nosso testemunho sobre o início do projeto
Sem Leandro Serejo – ex líder
Dc Enoc Gomes – ex líder
foto do grupo atualmente
segunda-feira, 28 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
Pensamentos cauterizados,
Amarrados por ensinos obscuros
Criados para aprisionar os desgraçados, pobres e imundos.
Salve os poderosos, os reis, os dominadores, os religiosos e os pecadores.
Salve o povo pobre, desprezado, massacrado pelas mãos de seus mentores.
Alguns são cativos pela ignorância, outros por opção ou por incompetência.
Outros não aceitam mudança, nem largam o discurso da incoerência.
A justiça já se foi, cada um olha pra si.
Ai de quem apontar o injusto, porque certamente irá cair.
Viva os corruptos, viva os ricos e religiosos enganadores.
Viva os que comem o povo.
Assim como fazem às ovelhas, os lobos.
Viva os que vivem em paz com o erro
Os que são iludidos e destruídos.
porque não se importam de chamar o seu opressor de
AMIGO.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz:
Quem lê, entenda
Salmos 53
Amarrados por ensinos obscuros
Criados para aprisionar os desgraçados, pobres e imundos.
Salve os poderosos, os reis, os dominadores, os religiosos e os pecadores.
Salve o povo pobre, desprezado, massacrado pelas mãos de seus mentores.
Alguns são cativos pela ignorância, outros por opção ou por incompetência.
Outros não aceitam mudança, nem largam o discurso da incoerência.
A justiça já se foi, cada um olha pra si.
Ai de quem apontar o injusto, porque certamente irá cair.
Viva os corruptos, viva os ricos e religiosos enganadores.
Viva os que comem o povo.
Assim como fazem às ovelhas, os lobos.
Viva os que vivem em paz com o erro
Os que são iludidos e destruídos.
porque não se importam de chamar o seu opressor de
AMIGO.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz:
Quem lê, entenda
Salmos 53
sábado, 26 de julho de 2008
Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Mc 1.10
Rasgar é um ato de violência.
Passa a impressão de alguém ávido por sair daquilo que o aprisionava, e, que, na oportunidade que tem, escapa rasgando o que lhe o impedia.
E o que impediria o Espírito Santo de pousar sobre a humanidade para libertá-la e para capacitá-la para ser o que foi criada para ser?
A insubmissão humana.
Jesus, quando, em nome da humanidade, submete-se, através do batismo oficiado por João, tira o impedimento que “aprisionava” nos céus o Santo Espírito.
Assim como, após o batismo, Jesus estava pronto, pela unção do Espírito Santo, para deflagar a libertação da humanidade, nós, sob a unção de Jesus, estamos prontos para sermos agentes de nossa libertação em todas as dimensões, para levar a palavra e a prática da libertação a todos os nossos semelhantes e a toda criação.
Rasgar é um ato de violência.
Passa a impressão de alguém ávido por sair daquilo que o aprisionava, e, que, na oportunidade que tem, escapa rasgando o que lhe o impedia.
E o que impediria o Espírito Santo de pousar sobre a humanidade para libertá-la e para capacitá-la para ser o que foi criada para ser?
A insubmissão humana.
Jesus, quando, em nome da humanidade, submete-se, através do batismo oficiado por João, tira o impedimento que “aprisionava” nos céus o Santo Espírito.
Assim como, após o batismo, Jesus estava pronto, pela unção do Espírito Santo, para deflagar a libertação da humanidade, nós, sob a unção de Jesus, estamos prontos para sermos agentes de nossa libertação em todas as dimensões, para levar a palavra e a prática da libertação a todos os nossos semelhantes e a toda criação.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Carta em agradecimento ao anônimo
Caro irmão anônimo, através desta carta, queremos agradecer-lhe pelo seu magnífico trabalho em nossa fracassada e ultrapassada instituição. Saiba que tudo o que você fez, foi mérito nosso e não de Deus. Não sabemos seu nome, nem nos interessa saber, o mais importante é que seu trabalho foi realizado com a mais pura dedicação, mas sem nenhuma atenção por nossa parte. Não se sinta triste por haver saído desta tão insignificante tarefa, pois nós não sentimos nada. A Bíblia diz: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Como você não é César, nem é Deus, não estamos lhe devendo nada. Portanto, se Deus quiser, que ele mesmo lhe pague depois de sua morte.
Seu valor é contado entre os esquecidos e apagado no mar do esquecimento de nossa religiosidade marcada por títulos e tradições. Que Deus lhe abençoe, seja você quem for. E saiba que você sempre será para nós como mais um na multidão.
Caro irmão anônimo, através desta carta, queremos agradecer-lhe pelo seu magnífico trabalho em nossa fracassada e ultrapassada instituição. Saiba que tudo o que você fez, foi mérito nosso e não de Deus. Não sabemos seu nome, nem nos interessa saber, o mais importante é que seu trabalho foi realizado com a mais pura dedicação, mas sem nenhuma atenção por nossa parte. Não se sinta triste por haver saído desta tão insignificante tarefa, pois nós não sentimos nada. A Bíblia diz: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Como você não é César, nem é Deus, não estamos lhe devendo nada. Portanto, se Deus quiser, que ele mesmo lhe pague depois de sua morte.
Seu valor é contado entre os esquecidos e apagado no mar do esquecimento de nossa religiosidade marcada por títulos e tradições. Que Deus lhe abençoe, seja você quem for. E saiba que você sempre será para nós como mais um na multidão.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Depois de um tempo sem postar nada, devido aos trabalhos e ao próprio seminário, estou de volta. Volto a escrever para que aqueles que leiam traduzam através de uma mente crítica e construtiva uma mudança social e religiosa profundamente relevante no contexto em que vivem. Este é o meu desejo ao produzir meus textos neste blog. Estou de volta pessoal, abçs
Quebrando Paradigmas
A igreja atual está envolvida quase que em sua plenitude por normas e regras que são direcionadas pelas suas tradições. É impressionante como certos costumes são quase impossíveis de serem destronados. É necessário romper com certos paradigmas que muitas vezes impedem que o corpo de Cristo cresça.
A instituição é importante e a estrutura também, mas nenhuma delas pode sobrepor-se às pessoas que são imprescindíveis na constituição do corpo de Cristo. Às vezes, o que se vê hoje, em meio à formação de igreja, serve como pedra de tropeço para a manutenção e o crescimento desta e impede a comunhão e a relação mais próxima entre os irmãos. Por exemplo, muitas comunidades não querem descentralizar o seu culto, isto é, preferem continuar no templo sempre aos domingos, cauterizando assim a mentalidade dos crentes. Por que não se formam pequenos grupos, onde a relação será mais estreita e mais proveitosa, onde as orações serão mais espontâneas, onde os crentes terão mais condições de desenvolverem seus dons e testemunhos? Os cristãos estão acostumados a permanecerem estáticos em relação à comunhão e ao culto. De fato, o que se experimenta atualmente é uma superficialidade cristã, tanto no relacional quanto na prática pessoal de vida cristã.
Outro fator importante é a grande centralização de poder no clero. A igreja ainda carrega em si grande dependência dos pastores, bispos e ministros. Quase um sistema católico medieval. Torna-se desta forma, quase impossível a prática dos dons por parte dos simples expectadores dos cultos. Muitos crentes acham que somente os ministros e pastores devem trabalhar. Isto traz uma religião vazia, sem razão e sem movimento. A igreja primitiva testemunhava, e tal testemunho não era dado apenas pelos apóstolos, mas também por todos os membros daquela instituição. O alvo principal não era o poder no clero, mas no testemunho, não havia tanta hierarquia como hoje existe nas igrejas para centralizar o poder.
É mister pensar em uma igreja que permaneça fiel a palavra e que ao mesmo tempo tenha consciência que sua ação no mundo deve estar atualizada, e que suas tradições são passíveis de mudança.
A reforma trouxe uma nova luz à igreja. Mudanças foram necessárias, pois a religião caíra em um erro fatal, a perda da diretriz dada pela escritura. A igreja cresce no Brasil, entretanto tal realidade não caracteriza o crescimento qualitativo do evangelho, mas uma verdadeira fachada construída sem fundamento bíblico. Estamos em processo de regressão, ou melhor, de destruição dos valores pelos quais a reforma protestante tanto lutou.
Quebrar paradigmas não significa a absorção de novos valores, mas uma volta aos princípios bíblicos que deveria reger a igreja atual. Há muitas questões que devem ser repensadas, contudo, para isso, é importante que o corpo de Cristo, como um todo, tenha coragem de rever seus conceitos diante da sociedade e diante de si mesmo.
Quebrando Paradigmas
A igreja atual está envolvida quase que em sua plenitude por normas e regras que são direcionadas pelas suas tradições. É impressionante como certos costumes são quase impossíveis de serem destronados. É necessário romper com certos paradigmas que muitas vezes impedem que o corpo de Cristo cresça.
A instituição é importante e a estrutura também, mas nenhuma delas pode sobrepor-se às pessoas que são imprescindíveis na constituição do corpo de Cristo. Às vezes, o que se vê hoje, em meio à formação de igreja, serve como pedra de tropeço para a manutenção e o crescimento desta e impede a comunhão e a relação mais próxima entre os irmãos. Por exemplo, muitas comunidades não querem descentralizar o seu culto, isto é, preferem continuar no templo sempre aos domingos, cauterizando assim a mentalidade dos crentes. Por que não se formam pequenos grupos, onde a relação será mais estreita e mais proveitosa, onde as orações serão mais espontâneas, onde os crentes terão mais condições de desenvolverem seus dons e testemunhos? Os cristãos estão acostumados a permanecerem estáticos em relação à comunhão e ao culto. De fato, o que se experimenta atualmente é uma superficialidade cristã, tanto no relacional quanto na prática pessoal de vida cristã.
Outro fator importante é a grande centralização de poder no clero. A igreja ainda carrega em si grande dependência dos pastores, bispos e ministros. Quase um sistema católico medieval. Torna-se desta forma, quase impossível a prática dos dons por parte dos simples expectadores dos cultos. Muitos crentes acham que somente os ministros e pastores devem trabalhar. Isto traz uma religião vazia, sem razão e sem movimento. A igreja primitiva testemunhava, e tal testemunho não era dado apenas pelos apóstolos, mas também por todos os membros daquela instituição. O alvo principal não era o poder no clero, mas no testemunho, não havia tanta hierarquia como hoje existe nas igrejas para centralizar o poder.
É mister pensar em uma igreja que permaneça fiel a palavra e que ao mesmo tempo tenha consciência que sua ação no mundo deve estar atualizada, e que suas tradições são passíveis de mudança.
A reforma trouxe uma nova luz à igreja. Mudanças foram necessárias, pois a religião caíra em um erro fatal, a perda da diretriz dada pela escritura. A igreja cresce no Brasil, entretanto tal realidade não caracteriza o crescimento qualitativo do evangelho, mas uma verdadeira fachada construída sem fundamento bíblico. Estamos em processo de regressão, ou melhor, de destruição dos valores pelos quais a reforma protestante tanto lutou.
Quebrar paradigmas não significa a absorção de novos valores, mas uma volta aos princípios bíblicos que deveria reger a igreja atual. Há muitas questões que devem ser repensadas, contudo, para isso, é importante que o corpo de Cristo, como um todo, tenha coragem de rever seus conceitos diante da sociedade e diante de si mesmo.
Assinar:
Postagens (Atom)